Por Greg M. Schurtz
Nota: 09.0/10.0
Nasci na Alemanha, mas a cidade de São Paulo me abraçou tão bem, que me sinto muito mais brasileiro do que alemão. Quando cheguei por aqui, por volta de década de noventa, conheci diversas bandas do país, que talvez jamais tivesse acesso em um período pré internet, pré globalização. Um desses achados é o TROPA DE SHOCK, que começou a sua carreira ainda nos anos oitenta, mas que veio se estruturando nas décadas seguintes.
"The Circle of Spells" é o último capítulo, até então, desta verdadeira saga de resiliência e perseverança. Sem desmerecer quaisquer músicos que tenham feito parte em algum momento do TROPA DE SHOCK, impossível aqui não prestar homenagem à dupla Don e Márcio Minetto, vocalista e baterista, respectivamente. Ambos estão desde o início e a banda meio que se resume ao amor que a dupla tem pelo negócio! Partindo daí, temos o tal artefato que procura se basear na história de uma bruxa, sendo narrada em capítulos (músicas), de uma maneira muito inteligente.
A produção gráfica é belíssima e a de áudio bastante orgânica, ambas assinadas por Don. Ou seja, o grupo segue com aquela aura clássica de banda independente, concentrando-se na quase que total criatividade e talento de Don. Faixas como The Rising Of The Witch”, “The Forest Blair” e “The Evil Queen” servem como exemplos certeiros e que representam o quão assertivo é este caminho seguido pelo quinteto. Aliás, poderia ser diferente, depois de tantos anos na batalha? Obviamente que não!
"The Circle of Spells", para alguns, pode até não ser o melhor álbum do TROPA DE SHOCK, mas pra mim ele soa como parte importante de tum todo! Sim, um todo! A trajetória deles pesa muito mais do que um mero novo álbum, e quem tem história no currículo se estabelece! Será que o Tropa teria histórias para contar? Pode acreditar que sim! Fica aqui os nossos parabéns para o pessoal da MS, por nunca ter desistido de apoiar, dando um puta suporte pra estes caras!
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