
- Adna, obrigado pelo seu tempo para nós da Metal Fire Metal. Você pode nos contar como foi o início da sua carreira solo?
Obrigada a você pela oportunidade. Em 2018 comecei a me dedicar mais às minhas composições, gravei alguns vídeos em casa, cantando e tocando no piano algumas dessas músicas, e no início de 2019 lancei meus dois primeiros singles gravados em estúdio. O início foi um pouco frustrante em relação a como eu idealizei a música e como ela se tornou. Então nesse mesmo ano busquei aperfeiçoar minhas habilidades na música e na composição, com o objetivo de me sentir mais segura e participar mais do processo criativo. E a partir do ano seguinte, também comecei a trabalhar com um produtor que ouvia todas as minhas ideias. Em 2020 lancei “He Killed Me”, e nos anos seguintes, “Melancholia” e “Forevermore”, duas composições que fiz no piano. Continuei tentando me aperfeiçoar e também decidi explorar novos horizontes, comecei a aprender guitarra. E aqui estamos, em 2025, com o lançamento de “Lie”. Considero essa a melhor fase do projeto até agora.
- Conheci o trabalho de vocês através de “He Killed Me”. Como tem sido a repercussão de “Lie”, seu novo trabalho?!
Tem sido muito positiva desde as primeiras semanas. Chegou a tocar em duas rádios fora do país. Estou contente com a recepção.
- Como se deu o processo de produção do material? Quem assinou a produção? Você costuma participar?
Eu escrevi a letra da música e alguns meses depois comecei a compor a harmonia. Gravei uma demo em casa com voz e instrumentos, e enviei para o André Paixão, produtor com quem eu já havia trabalhado nos lançamentos anteriores. Ele estruturou a música, aprimorando minha composição e contribuindo com outras linhas de instrumento. Construímos a versão final em estúdio e, em seguida, ocorreu a gravação dos instrumentos e vocais finais. Para a pós-produção, levei a música para o Pablo Greg e conversando, optamos pela regravação do single. Ele aprimorou a gravação, mixou e masterizou, e esse foi o resultado final. Participar e acompanhar todo o processo é algo que considero muito importante, até mesmo porque já tive uma experiência negativa em relação a isso, então acho fundamental, e é algo que amo fazer.
- Seu projeto, ao menos pra mim, soa como Gothic Rock. Mas como você se rotula?
Eu diria gothic/ alternative. “Lie” está mais para gothic metal, e eu já tenho o desejo de fazer algo mais pesado há algum tempo, e estou ansiosa pelas próximas músicas agora que comecei a tocar guitarra e a trabalhar com um produtor que tem bastante experiência com rock e metal.
- O que você acha sobre outros gêneros musicais? O que você costuma ouvir nas horas vagas?
No geral costumo ouvir mais metal moderno, mas ouço músicas de gêneros musicais diversos, como Daughter e Lana Del Rey. Se eu achar a música boa, me identificar de alguma forma, o gênero não é um problema. Também escuto bastante post-hardcore. A última playlist que fiz com músicas que eu estava ouvindo recentemente tem Eyes Set To Kill, Picture Me Broken, Get Scared, Crown The Empire, Motionless In White, In This Moment, Bad Omens, Underoath, Asking Alexandria, Bring Me The Horizon, Evanescence, Draconian, Grey Daze, Placebo, e algumas bandas que descobri há menos tempo como Onsight, além de 8K e AXTY que são duas bandas de metal brasileiras muito boas, entre outras.
- “Lie” foi uma enorme surpresa pra mim. Qual a mensagem que você quer transmitir com ela?
Eu escrevi a letra de “Lie” um pouco antes de passar por um momento difícil na minha vida, mas que acabou resultando em uma experiência transformadora. E “Lie” marca o início dessa nova fase da minha vida, tanto no lado artístico quanto pessoal. A letra da música fala sobre conflitos internos e sentimentos negativos como angústia e culpa, mas também expressa o desejo pela cura, pela liberação de todos esses sentimentos, o que seria o ponto mais importante. Creio que essa percepção mais positiva é fundamental e para mim surgiu inicialmente por meio dessa música. Acho que depois de muito tempo lutando contra algo e sentindo que você não consegue superar, fica cada vez mais difícil ter esperanças e cada vez mais fácil se render a resignação, e até mesmo se culpar por coisas que estavam fora do nosso controle, e isso se torna apenas mais uma barreira no processo de superação, e no final estamos lutando contra nós mesmos, contra nossa própria mente, ao invés de lutar contra o que está nos machucando.
- Queria muito poder conferir mais conteúdo seu. Mais lançamentos estão nos planos para 2025?
Fico contente em ouvir isso! Tenho trabalhado em novas músicas, e espero lançar algo em breve, mas provavelmente será no próximo ano.
- Acho que o seu som casa muito bem com o uso de um vocalista masculino, também. Concorda? Alguma chance de você passar a trabalhar com um vocalista ao seu lado no futuro?
Eu simplesmente amo vocal feminino misturado com guturais, o que é característico em bandas que unem gothic e death/doom metal. Por um bom tempo fiquei sonhando em ter uma banda com um cantor que soubesse cantar assim, mas nunca conheci ninguém. Então decidi aprender essa técnica vocal, até porque já escrevi muitas letras com partes para serem cantadas com vocal gutural. Tem cantoras que mandam muito bem e fazem os dois vocais, limpo e gutural. A Tatiana Shmayluk de Jinjer é simplesmente perfeita! Eu ainda tenho que me aperfeiçoar bastante na técnica, mas espero chegar lá um dia.
- Como tem sido os shows nesta fase atual da sua carreira solo?
Infelizmente não estou fazendo shows no momento.
- E quanto a novos lançamentos no formato áudio visual? Alguma chance de vermos novos videoclipes do projeto ainda em 2025?
Sim, teremos mais um video de “Lie” ainda nesse ano, que será um lyric video.
- Adna, mais uma vez, muito obrigado. Se algo ficou pendente, por favor este espaço é seu para as considerações finais...
Muito obrigada pelo espaço, fico contente em participar. Obrigada!
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