SHOW DIA 09/07/2016 (BUEIRO DO ROCK) AV UNIÃO 2731 B-MEMORARE,TERESINA-PI BRASIL. COM AS BANDAS:
*INTO MORPHIN-A saga do Metal piauiense continua. Já se vão mais de duas décadas desde que nomes como Vagark,Vênus, Avalon ou Megahertz passaram a fazer parte do inconsciente coletivo dos amantes da música pesada no PI, entrincheirados pela distância dos grandes centros, onde o Rock ia sendo diluído em diversas vertentes, atropelado pela mídia e empurrado guela abaixo nas FMs. Isso explica um pouco o inicio da estória de bandas como a Into Morphin, que chegaram ao novo milênio com a tarefa de carregar o estandarte de um Metal autêntico e sólido, mas ao mesmo tempo híbrido e versátil.
Em 1998, a cena roqueira de Teresina vinha de uma curva ascendente. Locais de shows, festivais e mídia projetaram o Rock a vitrine de produto cultural da vez, indo contra a maré da música comercial e sem conteúdo das estações de rádio. Estúdios de ensaio e lojas de instrumentos multiplicavam-se a uma velocidade cada vez maior, dando as bandas uma estrutura para durarem bem mais que meia dúzia de shows. Nesse contexto, a Into Morphin começou a lapidar seu som em cima de influências do Metal moderno da época: Paradise Lost, My Dying Bride, Anathema, Samael, Tiamat e Deicide.
No lugar certo e na hora certa, a IM pegou, por tabela, um crescimento no interesse por esse tipo de som, em grande parte pela popularidade de outra banda da cena naquela época, o Monasterium. Essa proximidade sonora garantiu a presença da IM em boa parte dos shows e festivais que começavam a migrar para a zona leste da cidade, onde uma nova leva de público estava prestes a ser conquistada: uma juventude com amplo acesso a informação via Internet, com carência de shows, que se realizavam a grande maioria na zona central da cidade, e ávida por bandas novas e de som contemporâneo.
A internet se tornou peça-chave na divulgação de "My Rotten Dream", carro-chefe da demo "...Shut Your System Down", de 2000. Numa prova de fogo, a primeira tiragem da demo esgotou-se a poucas horas do show de lançamento, e "My Rotten Dream" foi parar, com destaque na mídia especializada, na coletânea "The Winds of a new Millenium III". Trocas de integrantes eram uma constante nessa época, mas revertendo o problema a seu favor, a IM trouxe o guitarrista Ubaldo Jr., com influência e "pegada" Thrash anos 80, e também o baterista Otto, oriundo da cena Hardcore local. Aumenta assim o currículo de shows, bem como o respaldo da participação em uma coletânea a nível nacional, a banda aproveita então o momento para amadurecer seu som, guiando-se pelas novas influências trazidas pelos integrantes mais recentes, ao mesmo tempo que sente a necessidade de encontrar uma identidade própria, que torne seu som ainda mais marcante. As cinco faixas do EP "The Upcoming Blasphemy" atestam essa busca.
Agora, em 2016, a banda trabalha para divulgar e colher os frutos do seu mais novo trabalho, o debut Enjoy the End, contando com dez faixas de uma brutalidade já característica, dessa vez aliada a uma produção impecável e um cuidado com o processo composicional, timbres e equipamentos que só longos anos de experiência poderiam proporcionar.
Com músicas mais diretas, cruas e brutais, a IM reforça seu compromisso com o Metal da nova era, sem deixar de lado o peso e o "punch" das primeiras composições, num momento em que a cena local vive momentos de puro modismo travestido de radicalidade.
*ANNO ZERO- iniciou suas atividades em teresina-PI Brasil em meados de 2001. Com o fim da
banda de death/doom metal Monasterium - que teve um CD lançado pela
Demise Records em 1999 com excelente repercussão no underground nacional
e europeu - o vocalista e guitarrista Fyb C e o baixista Eduardo Zee se
uniram ao guitarrista André Melo e ao baterista Chris Gomes, com o
objetivo de montar uma banda completamente diferente do que vinha sendo
feito em termos de metal na sua região. Com poucos meses de formação, a
banda já tinha várias composições próprias, mesclando peso e melodia,
permeados por uma intensa atmosfera dark.
Influenciados por bandas
de metal como Paradise Lost, Moonspell, Katatonia, Samael e Anathema, e
também por bandas que não fazem parte do cenário metal, como The Cure,
Joy Division, Depeche Mode ou Sisters of Mercy, o ANNO ZERO situa-se em
um estilo que está sendo chamado na Europa de darkwave metal ou gothic
metal. Na verdade, esse rótulo serve apenas como um simples parâmetro de
comparação para definir o mix de peso e agressividade do metal com a
melodia e atmosfera dark das bandas de rock gótico dos anos 80. Esse
blend reflete-se nas letras carregadas de melancolia, nas guitarras de bases agressivas, riffs/temas melódicos, nas linhas de teclado sutis, na bateria precisa e no baixo ultragrave, além dos vocais que variam entre agressivos e limpos, de acordo com a carga emocional da música.
Com
muito profissionalismo adquirido pelos anos de estrada de seus
integrantes, o ANNO ZERO rapidamente tomou de assalto a cena underground
da sua região.
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